Guerra entre Rússia e Ucrânia. Saiba os impactos nos investimentos!

A semana está sendo agitada no mundo dos investimentos com a guerra declarada entre Rússia e Ucrânia. Os próximos dias podem ser fundamentais para determinar se veremos um conflito em escala mundial, ou se os ânimos dos agentes militares no leste europeu vão esfriar.

A primeira semana de guerra na Ucrânia abalou a economia mundial, quando rápidas sanções ocidentais isolaram a Rússia, colapsaram sua moeda e ativos financeiros e elevaram os preços de energia e alimentos.

Semana passada, a Rússia expulsou Bart Gorman, segunda autoridade diplomática norte-americana em Moscou, afirmou um porta-voz do Departamento de Estado na quinta-feira, e Washington classificou a medida como não provocada e alertou para uma possível resposta dos norte-americanos em meio a temores de uma invasão russa na Ucrânia.

Mas como se não bastasse, a tensão entre os países vêm afetando os investimentos. Diante da preocupação de uma possível invasão na Ucrânia, as grandes bolsas globais tem demonstrado temor nos últimos dias. 

Dólar, commodities e principais bolsas mundiais

O dólar, parte mais sensível nessa equação geográfica é o primeiro indicativo de que o investidor vai, invariavelmente, perder ou ganhar com o conflito liderado por Vladimir Putin.

Um conflito armado entre Rússia e Ucrânia pode afetar as cotações de commodities como gás, petróleo e energia, os tendões de Aquiles do mercado brasileiro. Além disso, a compra de fertilizantes brasileiros por parte da Rússia, que representam cerca de 1/3 de tudo o que é comercializado, também seria afetada,  enquanto a Ucrânia, por outro lado, possui presença no mercado de compra de milho e trigo.

E se o cenário é insólito no Brasil, nos Estados Unidos a situação é um pouco mais tensa. Isso porque os principais índices norte-americanos já vinham de uma semana muito negativa, com os investidores temendo um possível aperto na política monetária do Federal Reserve (FED), e iniciaram a semana em baixa.

Um dos índices americanos, o Dow Jones, passou a semana passada em queda de 1,03%, aos 34.574 pontos, seguido pela Nasdaq com baixa de 1,66%, aos 13.889 pontos e o S&P 500, com queda de 1,15%, aos 4.423 pontos.

Na Europa, o mercado europeu acompanhou essa tendência, com os principais índices recuando aproximadamente 2%. As criptomoedas (CLIQUE AQUI E TENHA ACESSO AO NOSSO E-BOOK SOBRE CRIPTOMOEDAS) seguiram a redução em todos os mercados acionários internacionais.

Na Ásia, o Nikkei 255, do Japão, liderou as desvalorizações, encerrando em redução de 2,23%. O segundo pior desempenho dessa região foi da Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, com queda de 1,57%. 

Alta no preço dos combustíveis e pressão inflacionária

De acordo com especialistas, com a invasão da Ucrânia pela Rússia, o preço do barril de petróleo certamente irá subir, muito provavelmente acima dos US$ 115, uma vez que com apenas as tensões políticas o barril já chegou a US$ 90 e segue em alta, além de possível aumento de preço em outras commodities, como o milho e o trigo.

O petróleo, neste sentido, atua como um encarecedor de combustíveis ao redor do mundo – agora um dos principais vilões da inflação no Brasil, por exemplo. A Rússia, uma das maiores exportadoras da commodity, pode sofrer sanções caso invada a Ucrânia.

Brasil e Estados Unidos são dois exemplos de países em que o fantasma inflacionário pressiona a economia neste momento e os bancos centrais de ambos os países atuam por um aperto na política de juros como forma de controlar a demanda e derrubar os preços no médio e longo prazo.

Alimentos podem ficar mais caros!

A crise também está pressionando as cadeias de suprimentos globais já saturadas. Juntas, a Ucrânia e a Rússia são responsáveis ​​por cerca de 14% da produção mundial de trigo e fornecem 29% de todas as exportações de trigo.

Os futuros do produto dispararam, tornando a commodity mais cara para os fabricantes de alimentos, que provavelmente repassarão esses custos aos consumidores.

A turbulência provocada também promete refletir na inflação de alimentos. Juntas, Ucrânia e Rússia respondem por quase um terço das exportações globais de trigo (28%) e um quinto das exportações de milho (18%).

O início de bombardeios e conflitos armados em território ucraniano coincidem com um período delicado para a produção agrícola. Agora é justamente o período de desenvolvimento das lavouras de trigo, que começa a ser colhido no segundo trimestre. É também uma das épocas do ano em que os dois países mais exportam milho.

Os preços do óleo de palma também dispararam à medida que os mercados lutam para encontrar alternativas aos embarques de óleo de girassol presos nos portos do Mar Negro.

E pode piorar. Em um cenário em que os combates na Ucrânia duram até 2023 e a Rússia corta o fornecimento de gás natural da Europa por seis meses em retaliação a sanções adicionais, a inflação da zona do euro supera 7% no terceiro trimestre deste ano, segundo a Oxford Economics. A inflação do Reino Unido ultrapassaria 10%.

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