Você se surpreende ao lembrar que, com a mesma quantia que seria suficiente para comprar um carro zero no final dos anos 1990, não é possível adquirir mais que um modelo usado e não tão novo nos dias de hoje? Isso de fato pode ser explicado. É bem provável que você já tenha ouvido falar sobre inflação, afinal, esse é um dos termos da economia que mais impactam o nosso cotidiano.
A inflação é o termo utilizado em economia para falar da alta dos preços de um conjunto de produtos e serviços em um determinado período. Que ela está em alta acelerada você já sabe. Mas, o que isso significa? Entender o cenário é fundamental para lidar com essa situação. De fato, há uma grande importância, pois diz respeito ao aumento generalizado de preços praticados no mercado, influenciando produtos e serviços. Como já dito, cada aumento nos preços consiste numa perda do poder de compra. Basicamente, o que se comprava com R$ 1.000,00 a 10 anos atrás, não se compra mais hoje, devido a esse aumento da inflação ao longo do tempo.
Mas antes de tudo, o que é a inflação?
De forma bastante resumida e simplista, a inflação nada mais é do que o aumento contínuo de preços e serviços. Ou seja, é exatamente o que estamos vivenciando no momento, nessa situação em que, a cada dia, as coisas ficam mais caras. Nem é preciso muito esforço, portanto, para entender como a inflação afeta o seu bolso.
O que ela faz, na prática, é elevar o preço dos produtos e reduzir o poder de compra, uma vez que a renda não acompanha o crescimento dos valores cobrados por itens e serviços.
Mas, indo um pouco mais a fundo, é necessário que você saiba de algumas siglas para entender detalhadamente como a inflação é medida. O IPCA, por exemplo, é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que é adotado como índice oficial da inflação no Brasil pelo governo federal.
Na prática, o IPCA é o indicador que mostra se os preços de produtos ou serviços estão aumentando ou diminuindo e, dessa forma, deixa claro como o custo de vida das famílias está variando.
Como a inflação é calculada?
O cálculo é feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e tem como base os principais itens consumidos pelas famílias brasileiras com renda mensal de 1 a 40 salários-mínimos.
Esses itens fazem parte da “cesta do IPCA”, a qual é composta por: Transporte, alimentação e bebidas, habitação, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, comunicação, educação e vestuário.
É por isso que a inflação afeta o valor dos bens e serviços que você mais usa em seu dia a dia, o que impacta diretamente as finanças. Essa é mais uma evidência de como é importante manter seu controle financeiro pessoal sempre em dia para que você não seja pego de surpresa pela inflação.
Em resumo, portanto, se o IPCA cresce, a inflação, automaticamente, sobe também. Para se ter uma ideia do tamanho do impacto, o imposto acumula uma alta de 10,78% nos últimos 12 meses sendo uma das maiores taxas registradas desde maio de 2016.
O que causa a inflação e seus impactos na economia
Agora que você sabe o que é inflação e como ela é calculada, é necessário entender por que esse índice oscila tanto. Ela possui um grande impacto sobre a economia, causando uma reação em cadeia, pois se as pessoas possuem o mesmo salário e os preços não param de aumentar, certamente consumirão menos. Até o momento, existem dois tipos de inflação no Brasil: a inflação de demanda e a inflação de custos.
A inflação de demanda é quando o mercado é regulado de acordo com a oferta e a demanda. Quando um produto começa a ter excesso de demanda, o seu preço tende a subir e isso gera inflação, porque não há certeza de que será possível garantir o fornecimento do produto para suprir toda a demanda. Já a inflação de custos ocorre quando os custos para produzir um determinado produto aumentam, os fornecedores tendem a reduzir a produção e, por consequência, a oferta disponível no mercado cai também. Isso causa o aumento dos preços, os quais serão repassados para o consumidor final.
Além disso, mais duas causas também são responsáveis pela alta da inflação:
Emissão de papel-moeda
Com o objetivo de garantir maior liquidez para a economia, o governo emite mais papel-moeda, aumentando assim o dinheiro em circulação no mercado. Porém, quando esse volume não acompanha o crescimento da oferta e da demanda de bens e serviços, isso tem um impacto negativo na inflação.
Diminuição das taxas de juros
Quando os juros caem, os créditos e empréstimos ficam mais baratos também, o que estimula o aumento do consumo. Mas, quando essa alta não é acompanhada pelo aumento da oferta, os preços tendem a subir, gerando inflação.
Como a inflação afeta seu bolso e sua vida
Em uma linha: a inflação faz seu dinheiro perder valor. Como a inflação empurra o preço de bens e serviços para cima, o impacto para o seu bolso e para a sua vida é inevitável. Como o aumento das nossas rendas não acompanha o crescimento da inflação, é por isso que o seu dinheiro perde valor com o passar do tempo. Adquirir um bem ou serviço hoje é mais caro quando comparado há alguns anos justamente por conta da inflação, então surge o desafio de manter um padrão de vida que acompanhe as altas do índice, sendo que o seu poder aquisitivo permanece praticamente o mesmo.
Porém, é importante reforçar que a inflação, quando controlada, não é ruim para você e para a economia. Todos os países precisam de inflação para manter o crescimento econômico, o problema acontece quando ela está descontrolada ou atinge níveis muito altos, causando até mesmo uma hiperinflação.
O Brasil viveu esse cenário entre 1980 e 1990, quando o índice chegou a bater 80%. Nessa época, os preços dos produtos mudavam ao longo do dia e havia uma grave escassez de itens de consumo. Com a chegada do Plano Real em 1994, a inflação passou a ser controlada.
Como lidar com a alta da inflação?
Como você deve ter visto até aqui, o aumento do preço de produtos e serviços é algo que não podemos evitar e que está totalmente fora do nosso controle. Mas, o que você pode fazer, então, diante dessa situação, para tentar, pelo menos, minimizar os impactos? De forma resumida, só existem dois caminhos: cortar gastos e economizar ou ganhar mais dinheiro e aumentar seu poder de compra.
Para te ajudar nesse processo, aqui vão algumas dicas que você pode adotar em qualquer um dos caminhos.
Como cortar gastos e economizar
A primeira coisa que você precisa ter em mente é que cortar gastos não é sinônimo de sacrifício. Em um dos episódios da nossa série: Saia do Vermelho, disponível em nosso Instagram, demos algumas dicas de como você pode fazer isso de forma consciente e sem sofrimento. É bom você dar uma conferida depois que terminar essa leitura, mas adiantando: tudo começa por um bom planejamento financeiro!
Outra dica válida nesse sentido diz respeito às estratégias que você pode utilizar para economizar na hora de comprar online, por exemplo. É possível aproveitar o mundo virtual para conseguir descontos que não seriam possíveis nas lojas físicas.
Nas compras de supermercado, por exemplo, geralmente é vantajoso renunciar à fidelidade com seu estabelecimento preferido e pesquisar preços em lojas online. Dependendo do item que você precisa comprar, é muito comum ter variações de preço significativas nos aplicativos.
Como ganhar mais dinheiro
Essa é a verdadeira pergunta de um milhão de dólares. Com certeza, você está buscando formas de aumentar a renda e, consequentemente, ampliar o poder de compra nesse momento.
Se você ainda tem um emprego formal e está disposto a pedir um aumento para o seu chefe, esse pode ser um bom caminho. Mas, você deve ter consciência que as empresas estão buscando reduzir despesas e não as aumentar, certo?
Por isso, é muito importante que você procure alternativas para conquistar outras fontes de renda. Uma dica fundamental é que você pode encontrar uma alternativa no mundo dos investimentos e, para auxiliar ainda mais, clique aqui e confira agora mesmo nosso artigo: APRENDA A TER UMA RENDA EXTRA ATRAVÉS DOS FUNDOS IMOBILIÁRIOS!
Caso você escolha esse caminho, é fundamental que você abra conta em uma excelente corretora, para que assim dê os seus primeiros passos no mundo dos investimentos.
Fato é que não dá para assistir esse cenário de grande alta de preços que estamos vivendo de braços cruzados.
E o passo mais importante você já está dando, que é buscar informações para entender a situação e saber como agir diante dela!
Por Matheus Miloni
