Bancos na B3

Enquanto o Ibovespa acumula queda de 14,66% em 2020 até a sessão de segunda-feira (13), os grandes bancos registram uma baixa muito superior: os ativos do Bradesco (BBDC3 -34,89%; BBDC4 -32,63%), Banco do Brasil (BBAS3 -35,25%) e Santander Brasil (SANB11 -39,75%) caem mais de 30% no mesmo período, chegando até baixa de cerca de 40% no caso dos ativos SANB11; Já os ativos do Itaú Unibanco (ITUB4 -25,48%) têm baixa de mais de 20%.

Motivos para tanto não faltam: no começo do ano, mesmo antes da pandemia, os ativos do setor já eram afetados pelo cenário de maior concorrência, menores ganhos com queda da Selic, além de limitação dos juros do cheque especial, enquanto o Banco Central tomava outras medidas para aumentar a concorrência do setor.

Em seguida, veio o coronavírus, deprimindo ainda mais os preços dos ativos, também levando em conta os projetos no Congresso para aumentar a arrecadação e que afeta o lucro do setor, além da expectativa de aumento da inadimplência, que levou a um forte aumento das provisões.

O preço-alvo das ações do Itaú Unibanco passou de R$ 26,90 para R$ 33 e, no caso do Bradesco, foi de R$ 22,50 para R$ 29. O do Banco do Brasil subiu para R$ 41, de R$ 34, e o do Santander passou de R$ 29,50 para R$ 36.

De qualquer forma, apesar de considerar os retornos sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) sustentáveis bem abaixo de 2019, as projeções são positivas para os ativos dos bancos.